«Eu.»
[…]
2.
A
escravidão, não a suporto
Eu sou
sempre eu
Algo
quer vergar-me
Prefiro
quebrar.
Venha
a rudeza da sorte
Ou do
poder humano
Eis-me,
sou assim, fico
E fico
assim até às minhas últimas forças.
É por
isso que eu sou sempre apenas um
Eu sou
sempre eu
Se me ergo,
ergo-me demasiado alto
Se
caio, caio por inteiro.
Ingeborg Bachmann, Toute
personne qui tombe a des ailes (Poèmes 1942-67), ed. bilingue, trad. Françoise Rétif, Poésie
/ Gallimard, Paris, 2015, p. 45. A tradução é minha, JFG.