7.11.25
Do inalcançável
3.11.25
A voz de Eco
A filosofia de Levinas foi sempre um caminhar ao encontro do Outro. No caso desta antologia de Luís Quintais, uma antologia de três décadas, logo num primeiro texto, aliás um texto em prosa, é referido o papel do eco. Podia ser, partindo do título, A destruição do tempo (Assírio & Alvim, 2025), o papel da imagem reflectida nalgum espelho ocasional, caso de uma réstea de água - mas não, não há aqui Narciso algum, apenas a sua sombra por castigo de uma ninfa, a ninfa das montanhas. Há, sim, um eco - apenas uma voz, como aconteceu mais tarde à ninfa grega das montanhas com este nome, Eco - herança, que foi, do castigo aplicado a Narciso. Melhor: há o eco - a voz de Eco. Daí, a destruição do tempo que os poemas evocam constantemente, em vez de os fixar enquanto destroços, fixa-os enquanto um eco tecido pelas palavras do próprio poema e, também, de poema para poema. O que, enigmaticamente, faz os poemas derivarem de si para o Outro, aquele que segundo Levinas nos justifica e absolve. Neste caso, o poema.
30.9.25
Caminhos para abolir o eu
14.9.25
Encontros com Giacometti
Este encontro é um encontro provocado. Chafes interroga a obra de Giacometti, prolongando-a numa linha teórica que é, dado nunca abdicar da sua própria matriz, um confronto, um conflito. Aqui:
Chafes e Giacometti. Gris, Vide, Cris. Centro de Arte Moderna Gulbenkian, 2023.
22.8.25
Jeanne d'Arc (1879)
Jules-Bastien Lepage (França, 1848-1884), The Metropolitan Museum of Art, New York.
15.8.25
Pã perseguindo Siringe
10.1.25
A diligência na neve
A diligência na neve (1860, National Gallery) remete para a pintura de paisagem de Courbet - e não para a desconstrução que opera da pintura de história
(caso, por exemplo, de Un enterrement à Ornans (1849-1850) ou de L'atelier du peintre (1854-1855), ambos do Musée d'Orsay).
Entre a convulsão das nuvens, patente nas cambiantes de negro do céu, em particular no canto superior direito, uma negrura de tempestade, e a convulsão da neve, de um branco sujo e por vezes acinzentado, a diligência tenta abrir caminho para entregar sabe-se lá o quê. Mas que é de uma entrega que se trata, não há a mínima dúvida. Por exemplo: entregar(-se) ao espectador...





